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18 de novembro de 2012

NACIONALISMOS NO SÉCULO XIX E NOVAS IDEOLOGIAS





Na Europa do século XIX, proliferavam os mais diversos grupos étnicos, linguísticos e históricos. A Revolução Francesa consagrou “o direito dos povos disporem de si próprios” e a obrigação de os governantes colocarem em prática a “vontade da nação”. Hinos patrióticos, bandeiras e obras intelectuais (historiadores, linguistas e filósofos políticos) endossavam o movimento das nacionalidades.
Os movimentos nacionalistas ocorridos na Europa durante o século XIX, assumiram um caráter bastante contraditório. Em alguns países (França, por exemplo), ele se inclinou para a esquerda, ansiando por uma sociedade liberal ou democrática. Em outras regiões (Polônia e Hungria), o nacionalismo foi aristocrático, feudal e religioso, pois visava restaurar a ordem social e política do Antigo Regime.
O nacionalismo teve uma relação direta com as classes sociais e o desenvolvimento do capitalismo. Em relação ao movimento operário, o nacionalismo embasou críticas políticas ao Estado Burguês determinando a criação de novas ideologias como o socialismo e o anarquismo.

O Movimento Socialista:
Karl Marx 1818/1883. 
A exploração dos operários e reivindicações por direitos determinou a emergência de movimentos sociais de caráter revolucionários, entre eles o socialismo.
O conde de Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837) e Robert Owen (1771-1858) são chamados de socialistas utópicos porque o socialismo que pretendiam era irrealizável.
Para Saint-Simon, a principal missão da sociedade devia ser o desenvolvimento de riquezas. Sendo assim, os industriais formariam uma classe social mais importante que a nobreza e o clero e, portanto, deveriam governar o país. Segundo Saint-Simon, era preciso fazer com que as classes abastadas compreendessem que a melhoria das condições de vida dos pobres implicaria também na melhoria das condições de vida das classes ricas.
Fourier propõe a criação de grandes edifícios administrados dentro de normas cooperativistas. Nas comunidades idealizadas por Fourier não haveria igualdade absoluta, e sim a igualdade de oportunidade, onde os filhos dos pobres receberiam a mesma educação dos filhos dos ricos. Haveria sufrágio universal e os trabalhos desagradáveis seriam melhor remunerados.
Em suas fábricas, Owen reduziu a jornada de trabalho dos operários. Procurou melhorar as habitações e ainda abrir armazéns onde operários podiam comprar a preços baixos produtos de boa qualidade. Owen foi além, organizou escolas e creches. Tentou, sem sucesso, organizar na América do Norte uma comunidade agrícola comunista.
Os pensadores debatidos acima propunham uma reforma nas condições dos operários e não uma revolução como pregava Karl Marx e Friedrich Engels. Fundadores do marxismo, estes pensadores só vislumbravam a emancipação humana dos proletários através da tomada do poder, dissolução das relações burguesas de produção buscando a superação do próprio capitalismo.
Os alemães Karl Marx (1818- 1883) e Friedrich Engels (1820-1895) publicaram em 1848 o Manifesto do Partido Comunista. Nessa obra, Marx e Engels apontam para a revolução socialista através do derrubada do Estado burguês. O Manifesto do Partido Comunista convocava a união entre os proletários: “Proletários de todo mundo, uni-vos!” e difundia a ideia da ditadura do proletariado como forma de alcançar o poder.
O socialismo se coloca como a primeira fase para o comunismo. O socialismo tem inicio com a revolução e instauração do Estado proletário, que possui a função de socialização dos bens sociais e fim da propriedade privada. Quando superada esta etapa, o comunismo é instaurado não havendo necessidade da existência do Estado.
Marx e Engels participaram ativamente das lutas políticas e sociais de seu tempo. Apesar das perseguições, em 1864 os amigos inseparáveis fundaram a Associação Internacional dos Trabalhadores - a primeira internacional.
Para Marx e Engels a história da humanidade tem sido a história da luta de classes, ou seja, a luta entre patrícios e plebeus na sociedade romana, senhores feudais e servos da gleba na sociedade medieval, burgueses e proletários na sociedade capitalista. Segundo essa corrente ideológica, cabe à classe operaria o papel histórico de transformar a sociedade capitalista,

O Anarquismo:

Bakunin 
 Bakunin, Kropotkine e Enrico Malatesta foram os principais ideólogos anarquistas.
O anarquismo prega a negação do Estado (para os anarquistas o Estado só existia para “sepultar” a liberdade), o fim da propriedade privada. Os anarquistas idealizavam a criação de comunidades livres e autônomas,além disso, eram a favor do anticlericalismo: “Se Deus existisse realmente, seria necessário fazê-lo desaparecer.” (Bakunin).
Para Bakunin, o homem é bom quando livre, porém, “qualquer Estado, como qualquer teologia, parte do principio de que o homem é essencialmente mau e perverso”.

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TELE AULA DE HISTÓRIA SOBRE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E NOVAS IDEOLOGIAS NO SÉCULO XIX.


 
 

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