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29 de outubro de 2012

A GUERRA DO ÓPIO: INGLATERRA CONTRA CHINA



Desde que haviam começado a comercializar com os europeus, durante o século XVI, os chineses não se identificavam muito com os produtos ingleses. Os chineses preferiam vender seus artigos de luxo como a porcelana, seda, o chá e a canela; exigindo em troca apenas a prata como pagamento.
No século XIX, os ingleses finalmente acharam algo interessante para China: o ópio. O ópio era uma droga popular na China por ser considerada afrodisíaca, no entanto ela havia sido proibida desde 1799, por questões morais e de saúde pública. O ópio passou a ser contrabandeado pelos ingleses, que plantavam a droga na Índia, na região de Benguela, colônia inglesa. A Inglaterra passou a vender ópio de forma ilegal, repassando a droga para bandidos chineses, que por sua vez, repassavam a população. O contrabando de ópio era praticado principalmente pelos comerciantes ingleses situados em Cantão.
Durante a tentativa de dominação inglesa na China durante o século XIX, a Inglaterra se destacou na pressão pela abertura comercial aos produtos ingleses. Ocorreram duas guerras relacionadas à pressão pela liberalização do ópio e imposição do consumo pelos ingleses. A primeira no período 1839-1842 e a segunda no período 1856-1860. A primeira guerra do ópio foi iniciada pela Inglaterra usando como motivo o combate feito pelo imperador chinês Daoguang (1782-1850), que proibiu o contrabando de ópio, apreendendo os navios ingleses, decretando a prisão e expulsão dos traficantes. Em represália a força naval inglesa interviu na China cobrando os prejuízos após vencer a guerra.
Com a vitória da Inglaterra a China foi forçada a assinar o Tratado de Nanquim em 1842 pelo qual foi humilhantemente submetida a franquear ao comércio com a Inglaterra cinco portos e a extinguir a sua firma comercial encarregada de efetuar o comércio com os empresários ocidentais e pagar uma indenização de guerra e entregar ao domínio inglês a ilha de Hong-Kong, além de permitir que em cada um dos cinco portos permanecesse fundeado um navio de guerra inglês. A segunda guerra do ópio teve como motivo o fato de oficiais chineses terem revistado um navio de bandeira inglesa. Nesta segunda campanha a Grã-Bretanha teve como aliada a França. Com a derrota da China foi imposto o Tratado de Tianjin que obrigou a China a abrir mais 11 portos ao comércio com as potências ocidentais, a garantir liberdade de movimentação aos mercadores europeus e aos missionários cristãos.
A Guerra do Ópio ilustra não só o imperialismo inglês na Ásia, mas também nos fazem pensar que o tráfico de drogas, além de ser um comércio ilegal, cria uma rede de dependência econômica alicerçada no consumo e vício da população. Além disso, o imperialismo britânico na História da China é visto como os “100 de humilhação”, que só terminou com a Revolução Comunista em 1949.
As lições inglesas de liberalização da economia foram bem ensinadas na China. Hoje ela é uma grande potência mundial devido à abertura comercial e ao planejamento do Estado comunista.

VÍDEO:ÓPIO POR ELE MESMO E A GUERRA DO ÓPIO.

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