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8 de julho de 2012

Atividade 8o. Ano. Colégio Internacional Signorelli. Discutindo sobre o movimento operário do século XIX.

A imagem apresenta ao fundo um grupo de operários, e à frente na esquerda o anarquista Bakunin, e à direita o comunista Karl Marx, fundadores de ideias e formas de governo revolucionárias no século XIX.
Responda as questões abaixo:
a) Com as revoluções burguesas, a burguesia passou a controlar o Estado e legilar pelo desenvolvimento industrial capitalista. Os operários foram traídos pelos ideais burgueses de liberdade e igualdade, "Proletários uni-vos!", escreveu Karl Marx. Apresente cinco causas do crescimento do movimento operário no século XIX.
b) Diferencie as ideias anarquistas de Bakunin, do comunismo defendido por Karl Marx. Apresente os principais objetivos destas novas formas de governo. (Cite três objetivos).
c)Explique o ludismo (1812) e o cartismo (1832), exemplos de movimentos operários ocorrido no século XIX.
Bons estudos!


Obs: Está disponível no blog uma postagem sobre "Movimento Operário e  Socialismo" para auxiliar na atividade. Utilize também o livro didático. Não copie, crie a sua resposta.
(Não se esqueça de colocar na resposta o nome comleto)

Atividade 7o Ano. Colégio Internacional Signorelli. Desperdício ou Consumo Consciente?



Assista ao documentário: "História das Coisas" disponível no blog  para compreender o diagrama. 
O diagrama acima apresenta o ciclo capitalista de produção e consumo de mercadorias, que implica em um processo ciclíco que se inicia com a destruição dos recursos naturais, onde as matérias primas seguem para a indústria, que possui como força de trabalho trabalhadores despossuídos e expropriados de suas terras e comunidade local. A indústria produz as mercadorias e despejando na natureza resíduos químicos, e lançando toxinas nos alimentos e na atmosfera. Produzidas em massa, as mercadorias são disponíveis à venda e reforçadas como hábito, necessidade e fetiche pela sociedade, que consome de maneira desmedida por ter que se enquadrar nos padrões culturais transmitidos pela mídia. O alicerce do desperdicío é o consumo, ele é a mola do sistema de produção de mercadorias.
Responda as questões:
a) Descreva o diagrama acima incluindo em sua resposta a reciclagem como um caminho para reduzir e repensar o consumo.
b) Apresente uma ação prática, ou um hábito novo e fácil, que poderia ser incorporado pela nossa sociedade contribuíndo para redução do lixo e do desperdício.

Bons estudos!

(Não se enqueça de colocar em sua resposta o nome completo)


Vídeo: "A História das Coisas". Para refletir sobre o discurso do desenvolvimento sustentável. Não se iluda com a falsa "economia verde".

Os movimentos operários do século XIX

Ludismo (1812)

A QUESTÃO SOCIAL

A Revolução Industrial deu início, na segunda metade do século XVIII, ao processo de mecanização das fábricas, que continua ininterruptamente até nossos dias. A industrialização consolidou o modo de produção capitalista, pelo qual o empresário burguês concentra em suas mãos os bens de produção, enquanto o trabalhador vende sua força de trabalho por um salário.
A introdução das máquinas deteriorou as condições de trabalho e de vida dos operários, gerando a chamada "questão social". 0 grande número de homens, mulheres e crianças a procura de emprego aviltava cada vez mais os salários. A jornada de trabalho se estendia por 15 horas ou mais, visto que as máquinas podiam funcionar sem parar. Os edifícios das fábricas eram inadequados, com ambientes fechados, insalubres, mal iluminados. Não havia segurança no trabalho, causando constantes acidentes e muitos produtos utilizados faziam danos à saúde. Como o manejo das máquinas era simples, cresceu o emprego de mulheres e de crianças, cujo trabalho recebia menor remuneração, trazendo mais lucro ao empresário.
Mal alimentados e mal pagos, os operários habitavam bairros das cidades industriais sem qualquer infraestrutura de água e de esgotos; moravam em cômodos nos quais a família vivia em promiscuidade, convivendo com doenças intestinais, tuberculoses, alergias, asmas, raquitismo, etc. Ao referir-se a um desses bairros operários de Londres, em viagem realizada em 1840, assim se expressou Friedrich Engels: "Não há um único vidro de janela intacto, os muros são leprosos, os batentes das portas e janelas estão quebrados, e as portas, quando existem, são feitas de pranchas pregadas. ( .... ) Aí moram os mais pobres dentre os pobres os trabalhadores mal pagos misturados aos ladrões, aos escroques e às vítimas da prostituição." (Citado por BRESCIANI, M. Stella M. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo, Brasiliense, 1985, p. 25.)
Outra descrição do bairro East End de Londres, não muito diferente, nos foi fornecida por Arthur Morrison, na década de 80: "Um lugar chocante, um diabólico emaramhado de cortiços que abrigam coisas humanas arrepiantes, onde homens e mulheres imundos vivem de dois tostões de aguardente, onde colarinhos e camisas limpas são decências desconhecidas, onde todo cidadão carrega no próprio corpo as marcas da violência e onde jamais alguém penteia os cabelos." (BRESCIANI, M. S. M., op. cit. p. 26).
Os trabalhadores não gozavam de direitos ou amparo social (como assistência médica, aposentadorias, pensões), estando sujeitos a multas e castigos; as greves ou associações de classe eram consideradas "casos de polícia" e duramente reprimidas pelos governos. A multidão de trabalhadores nas ruas era uma ameaça à ordem e à moral burguesas, pois nela confundiam-se indivíduos honestos com bandidos, batedores de carteira, prostitutas. A multidão representava para a classe dominante uma ameaça as instituições e à propriedade.
Para os estudiosos e escritores da época, a máquina era responsável - pelo aumento das riquezas da nação, mas, ao mesmo tempo, pelo desumanização dos homens. 0 trabalhador, transformado em extensão da máquina, controlado pelos contramestres e vivendo ameaçado pelo desemprego e pela miséria, tornou-se um indivíduo rude, turbulento e beberrão; em conseqüência, a classe trabalhadora passou a ser sinônimo de classe perigosa.
 
OS PRIMEIROS MOVIMENTOS OPERÁRIOS: LUDISMO E CARTISMO.

0 crescimento do operariado, a sua concentração nos centros urbanos, as constantes revoltas por melhores condições de vida e de trabalho fizeram com que a classe operária aos poucos aprendesse a se organizar, dando origem aos primeiros movimentos e associações de operários.
Na Inglaterra, onde o emprego da máquina era mais generalizado, surgiu o Ludismo, movimento que recebeu o nome de seu líder, Ned Ludd. 0 sentimento de insegurança e os terrores da miséria convenceram Ludd e seus seguidores da maledicência da máquina, considerada a inimiga principal. Podemos ter uma idéia do que foi esse movimento, por uma carta ameaçadora que Ludd endereçou a um certo empresário de Hudersfield, em 1812: "Recebemos a informação de que é dono dessas detestáveis tosquiadoras mecânicas. Fica avisado de que se elas não forem retiradas até o fim da próxima semanal eu mandarei imediatamente um de meus Representantes destrui-las... E se o Senhor tiver a imprudência de disparar contra qualquer dos meus Homens, eles têm ordem de Matá-lo e queimar toda a sua Casa". (Citado por RUDÉ, G. op. cit..p. 92.)
Assim, nas primeiras décadas do século XIX, na Inglaterra, na França, na Bélgica, na Renânia e até na Suíça, trabalhadores destruíram equipamentos, aos gritos de "Quebrai as máquinas!" Instintivamente, o homem que para viver só contava com seu trabalho pessoal, transferia a culpa de seus males para a máquina, que ele denunciava como uma competidora, responsável pelo desemprego e pelos baixos salários.
Para atender os casos de acidentes de trabalho, doenças ou mesmo de desemprego, os operários criaram as primeiras associações de auxílio mútuo, que funcionavam por meio de cotizações. Dessas associações surgiram os sindicatos de trabalhadores, reunindo operários de um mesmo ofício. Através de seus representantes, os sindicatos conseguiam obter dos patrões melhores salários e horários de trabalho, Essas conquistas foram fruto de muitas lutas porque durante muito tempo os parlamentos dos diversos países procuraram dificultar a organização dos trabalhadores proibindo o funcionamento dos sindicatos.
Em 1832, o Parlamento inglês aprovou o "Reform Act" (lei eleitoral que privou os operários do direito ao voto). Os trabalhadores reagiram e formularam suas reivindicações na "Carta do Povo", fundando o primeiro movimento nacional operário do nosso tempo, o "cartismo" movimento cartista ajudou os operários ingleses a melhorarem suas condições de vida e deu-lhes experiência de luta política. Assim, em 1833, surgiu a primeira lei limitando a 8 horas de trabalho a jornada das crianças operárias. Em 1842 proibiu-se o trabalho de mulheres em minas, Em 1847, houve a redução da jornada de trabalho para 10 horas.
0 "cartismo" extinguiu-se por volta de 1848, mas foi uma etapa importante do aprendizado e da conscientização política dos trabalhadores, não só ingleses como de toda a Europa. Mostrou que a miséria do operariado devia-se não à máquina ou a mesquinhez pessoal dos empresários, mas à própria estrutura do sistema capitalista.
Autores: Olga Maria A. Fonseca Coulon e Fábio Costa Pedro
Apostila: Dos Estados Nacionais à Primeira Guerra Mundial, 1995, CP1-UFMG

Reformas Religiosas (XVI) Novo Telecurso de História - Aula 19 (Parte I)

Reforma Religiosa (XVI) Novo Telecurso de História - Aula 19 (Parte II)

REFORMA PROTESTANTE (XVI)



A Reforma Religiosa consistiu em um movimento de contestação a Igreja Católica, que acabou por provocar o surgimento de novas igrejas cristãs, como a igreja luterana, e um movimento de reorganização e reafirmação dos dogmas católicos conhecido por: Contra- Reforma.
Com o fim do Feudalismo e o inicio da formação dos Estados Nacionais no século XV, a Igreja que até então era responsável pelo controle social, político e espiritual, acabou se enfraquecendo perante a figura do rei, determinando um choque de interesses.
A burguesia, classe emergente, começou a ser prejudicada em funções de dogmas católicos, como a doutrina de São Tomás de Aquino que pregava a lei do “justo preço”, e condenava a usura como pecado, ambas a ideias inibiam a acumulação de capitais. Este choque de idéias forçava a burguesia a questionar a Igreja Católica.
No campo social a Igreja também encontrava oposições, devido ao abuso de poder do papa, a venda de cargos eclesiásticos, a opulência e o luxo do clero, a venda de indulgências e as “relíquias sagradas”.
A reforma protestante teve inicio na Alemanha no século XVI. Martin Lutero era um frade augostiniano que defendia a tradução da bíblia, negava a teoria de predestinação para salvação da alma, as indulgências e a corrupção cometida pela Igreja Católica. Defendendo a teoria da salvação pela fé, em 1517 após uma viagem ao Vaticano, Lutero fixou na porta da Igreja de Wittenberg as “95 teses”, esperando o apoio e não a censura do papa.
            Em 1520 o papa Leão X excomunga Lutero sob acusação de heresia, porém o imperador católico Carlos V, recém eleito pelos nobres, apóia Lutero. È fundada a Igreja Luterana. Carlos V convoca uma assembléias para julgar Lutero “Dieta de Worm”, onde o frade é absolvido e refugiado no Castelo de Wathburg. Neste período Lutero inicia o processo de tradução da bíblia do latim para o alemão.
            Neste mesmo período estavam ocorrendo revoltas camponesas que procuravam confiscar as terras senhoriais e da igreja, comandadas por Thomas Muzer. Os seguidores de Muzer, conhecidos como anabatistas, acreditavam no retorno de cristo, e no juízo final, pregavam uma sociedade igualitária, justa, sem hierarquias, onde o sacramento fundamental era o batismo, sobretudo para os adultos. Lutero condenou os anabatistas e com o apoio dos príncipes alemães, a revolta foi abafada.
Em 1555 foi decretada a Paz de Augsburgo, onde cada príncipe passou a possir o direito de escolher sua religião, bem como seus súditos, determinando aos reis o poder de fundar novas igrejas e tornando-se chefes religiosos.
Novas ideias pregadas por Martinho Lutero foram:
ü  Fé como única fonte de salvação;
ü  Fim do clero regular, do celibato e das imagens de santos;
ü  Livre interpretação e tradução da bíblia;
ü  Cultos feitos em idioma nacional e não mais em Latim;
ü  Submissão da Igreja ao Estado;
ü  Dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia.


Legenda das imagens:
A imagem da esquerda apresenta um documento histórico do século XVI que ilustra a venda de indulgências pelo papa.
A imagem da direita ilustra o momento em que Lutero rompe com a Igreja ao pregas as 95 teses na igreja de Wittenberg.

CONSEQUÊNCIAS DA REFORMA PROTESTANTE: O SURGIMENTO DE NOVAS IGREJAS CRISTAS.


Calvino, um francês erradicado na Suíça, pregava a salvação pela predestinação determinada pelo sucesso no trabalho e na prosperidade. Seus dogmas estavam baseados no cristianismo, mas os fiéis realizavam apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. Condenavam a adoração a imagens.
            Esta doutrina estimulou a burguesia, que antes era condenada pela cobrança de juros por usura, e pelo desejo de lucro. A salvação através do trabalho e caracterização do crescimento econômico como recompensa pela realização de boas obras, levou Max Webber, sociólogo alemão do final do século XIX, a relacionar a defender a ideia de que o protestantismo contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo devido ao estimulo ao lucro e ao trabalho como forma de salvação.
            Além do Calvinismo surgido na Suiça, a Igreja Anglicana foi fundada por Henrique VIII Tudor, coroado rei de Inglaterra em 1509. Como segundo filho do Rei Henrique VII e Isabel de York, tornou-se Príncipe de Gales e herdeiro do trono após a morte do seu irmão mais velho Artur em 1502. Foi necessário uma dispensa do Papa Júlio II para autoriza-lo a casar com a viúva do seu irmão Catarina de Aragão. O casamento foi celebrado a 11 de Junho de 1509 e resultou apenas numa filha, a futura Maria I de Inglaterra. O desejo de Henrique VIII de ter um herdeiro, bem como a relação amorosa com Ana Bolena fora do casamento, levaram-no a procurar a dissolução do casamento com Catarina junto do Vaticano. As suas tentativas não encontraram sucesso porque o Papa Clemente VII estava sobre pressão do sobrinho de Catarina, o imperador Carlos V. Frustrado as negociações, Henrique VIII ignorou a lei canónica que o impedia de se unir a outra mulher e casou com Ana Bolena em 25 de Janeiro de 1533. Esta atitude de afronta à Igreja Católica valeu-lhe a excomunhão declarada por Clemente em 1533. Após a excomunhão, Henrique VIII decidiu romper com a Igreja Católica, fundando a Igreja Anglicana (Church of England), da qual se declarou líder. Esta decisão tornou-se oficial com o decreto da supremacia (Act of Supremacy) de 1534.

A CONTRA- REFORMA: A REAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA


Com a expansão do protestantismo a Igreja Católica entrou em um período de crise devido a perda de fiéis. O movimento de Contra-Reforma consistiu em uma iniciativa da Igreja que tinha como objetivo reafirmar os dogmas e conter a expansão do protestantismo recuperando fiéis.
Em 1534 foi fundada a Companhia de Jesus, idealizada por Inácio de Loyola,criando os jesuítas ou “soldados de cristo”. Os jesuítas eram encarregados de educar e difundir o catolicismo através da educação e da catequização.
Em 1545 o papa Paulo III criou o Concílio de Trento, importante conselho que se encarregou de reafirmar os dogmas católicos condenando as igrejas protestantes. Neste evento foram confirmados os dogmas católicos como: o principio da salvação pela fé e boas obras, culto a Virgem Maria e aos Santos, a existência do purgatório, a infalibilidade papal, o celibato, a manutenção da hierarquia eclesiástica e a indissolubilidade do casamento. O Concilio também reafirmou a Inquisição ou Tribunal do Santo Oficio como instituição de combate aos crimes por heresia. Criou o Índex, uma lista de livros proibidos, os seminários de formação de religiosos. As indulgências, a corrupção foram abolidas. A Igreja reformada embarcava em busca de novos fiéis e ampliação de sua área de influência, o alvo agora eram as colônias e o Novo Mundo que surgiu com as Expanões Marítimas.

Legenda da Imagem:
A  imagem de época apresenta o Tribunal do Santo Ofício, onde os inquisidores penalizavam os hereges.