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15 de maio de 2012

IDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS (1776): LIBERDADE COMO SINÔNIMO DE AUTONOMIA POLÍTICA




Durante o século XVII, a Inglaterra passava por uma série de conflitos internos, e encontrava–se abalada político e religiosamente em função das Reformas Religiosas e do surgimento da Igreja Anglicana. Os puritanos, que defendiam a pureza do protestantismo e o calvinismo, eram perseguidos por defender idéias políticas antiabsolutistas, e por assumirem uma nova religião diferente do catolicismo. Diante desta realidade e da guerra civil que se formou na Inglaterra, este grupo foi obrigado a abandonar o país, e muitos migraram e fundaram as primeiras colônias na Costa Leste da América do Norte.
As 13 colônias dividiam–se entre o Norte: conhecida como nova Inglaterra, que possuía o clima semelhante ao europeu – temperado, propiciando a cultivo de produtos agrícolas semelhantes aos da Inglaterra. Este modelo de colonização foi marcado pela agricultura de subsistência com base na pequena propriedade, pelo surgimento de indústrias manufatureira, do comércio marítimo com as colônias do sul, do surgimento das cidades que desenvolviam o comércio interno baseado na troca de excedentes e pelo contrabando com as Antilhas. A base econômica das colônias do Norte determinou um modelo de colonização caracterizado como povoamento.
A colonização do Sul se diferenciou do Norte, pois os colonos optaram pela colonização de exploração, desenvolvendo a grande propriedade, utilizando a mão de obra escrava e voltando sua economia para exportação. A diferença das colônias inglesas independente do modelo de colonização estava no fato da Inglaterra não ter exercido o Pacto Colonial em ambas as regiões – Norte e Sul. Desta forma, as colônias desenvolveram uma autonomia política e econômica, e os colonos passaram a criar uma identidade e vínculo estimulado pelo nacionalismo.
Causas da Independência:
A Inglaterra possuía uma política negligente com as 13 colônias. Mas com o envolvimento da Inglaterra da Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) – um conflito travado contra a França e pela supremacia de territórios na América do Norte (região do hoje do atual Canadá) e na Índia; os ingleses a se endividarem após a perda da guerra para os franceses, e passaram a forçar uma cobrança de impostos sob as colônias, que até estavam vivendo um sistema de autonomia política. Cobrar impostos significava exercer o papel de metrópole e instituir o Pacto Colonial como forma de sair da crise econômica provocada pela Guerra dos Sete Anos.
Em ordem cronológica, os impostos decretados pela metrópole foram:
1)Em 1763 foi estabelecido o imposto do selo.
2)Em 1773 foi estabelecido o imposto do chá. Os colonos revidaram com o episódio conhecido como: “The Boston Tea Party”, onde os norte americanos disfarçados de índios atacaram os navios ingleses que traziam chá e jogaram todo o carregamento no mar.
3)Em 1774 aconteceu o Primeiro Congresso Continental na cidade de Filadélfia, onde foi publicada a declaração dos direitos, reafirmando a ilegalidade dos impostos e o boicote comercial as mercadorias britânicas.
4)Em 1775 os ingleses deram inicio a guerra com a Batalha de Lexington, vencendo os colonos americanos.
5) Em 1778 foi convocado o Segundo Congresso, onde foi declarada a guerra pela independência por Thomas Jefferson.
Guerra de Independência (1778/1783):
Foram oito anos de batalha sangrenta. O exército americano era liderado por George Washington, que combatia os britânicos e os legalistas - colonos fiéis a Inglaterra.
O exército americano era carente em armas e civis, o eu determinou a entrada da França na guerra e também da Espanha. A ajuda na Batalha de Sartoga (1777) cedendo tropas e armas, e auxilio espanhol, fizeram com que os colonos conseguissem derrotar definitivamente a Inglaterra na Batalha de Yorktown (1781). A participação da França é justificada pelo revanchismo com a Inglaterra, sua inimiga de anos.
Em 1783 a Inglaterra assinou o Tratado de Versalhes reconhecendo a independência.
Formação dos Estados Unidos:
A independência dos EUA determinou a criação da primeira república federalista do mundo, cujo principio era a autonomia e liberdade dos Estados Confederados. Thomas Jefferson, Halminton e George Washington defenderam e estabeleceram a liberdade, a individualidade e a democracia. No entanto, a jovem república determinava uma democracia limitada, visto que com as divergências entre Norte e Sul, a independência manteve a escravidão.
A nova política estabeleceu o principio da divisão, harmonia e independência dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), no qual o poder legislativo caberia a um congresso formado por uma câmara de deputados e pelo senador, o poder executivo cabia ao presidente e o judiciário a corte suprema.
Com a liderança da burguesia no governo, a independência dos EUA contribuiu não só para defesa do liberalismo, como também para a crise o antigo sistema colonial e do Antigo Regime na Europa, influenciando o processo de independência na América, a Inconfidência Mineira no Brasil e a Revolução Francesa.

DOCUMENTO HISTÓRICO: DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS EUA




Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno para com as opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do actual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidas injúrias e usurpações, tendo todos por objectivo directo o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados. Para prová-lo, permitam-nos submeter os factos a um mundo cândido.
Recusou assentimento a leis das mais salutares e necessárias ao bem público.
Proibiu aos governadores a promulgação de leis de importância imediata e urgente, a menos que a aplicação fosse suspensa até que se obtivesse o seu assentimento, e , uma vez suspensas, deixou inteiramente de dispensar-lhes atenção.
Recusou promulgar outras leis para o bem-estar de grandes distritos de povo, a menos que abandonassem o direito de representação no legislativo, direito inestimável para eles e temível apenas para os tiranos.
Convocou os corpos legislativos a lugares não usuais, sem conforto e distantes dos locais em que se encontram os arquivos públicos, com o único fito de arrancar-lhes, pela fadiga, o assentimento às medidas que lhe conviessem.
Dissolveu Câmaras de Representantes repetidamente porque se opunham com máscula firmeza às invasões dos direitos do povo.
Recusou por muito tempo, depois de tais dissoluções, fazer com que outros fossem eleitos; em virtude do que os poderes legislativos incapazes de aniquilação voltaram ao povo em geral para que os exercesse; ficando durante esse tempo o Estado exposto a todos os perigos de invasão externa ou convulsão interna.
Procurou impedir o povoamento destes estados, obstruindo para esse fim as leis de naturalização de estrangeiros, recusando promulgar outras que animassem as migrações para cá e complicando as condições para novas apropriações de terras.
Dificultou a administração da justiça pela recusa de assentimento a leis que estabeleciam poderes judiciários.
Tornou os juízes dependentes apenas da vontade dele para gozo do cargo e valor e pagamento dos respectivos salários.
Criou uma multidão de novos cargos e para eles enviou enxames de funcionários para perseguir o povo e devorar-nos a substância.
Manteve entre nós, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento dos nossos corpos legislativos.
Tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior.
Combinou com outros sujeitar-nos a uma jurisdição estranha à nossa Constituição e não reconhecida pelas nossas leis, dando assentimento aos seus atos de pretensa legislação: para aquartelar grandes corpos de tropas entre nós; para protegê-las por meio de julgamentos simulados, de punição por assassinatos que viessem a cometer contra os habitantes destes estados; para fazer cessar o nosso comércio com todas as partes do mundo; por lançar impostos sem nosso consentimento; por privar-nos, em muitos casos, dos benefícios do julgamento pelo júri; por transportar-nos por mar para julgamento por pretensas ofensas; por abolir o sistema livre de leis inglesas em província vizinha, aí estabelecendo governo arbitrário e ampliando-lhe os limites, de sorte a torná-lo, de imediato, exemplo e instrumento apropriado para a introdução do mesmo domínio absoluto nestas colônias; por tirar-nos nossas cartas, abolindo as nossas leis mais valiosas e alterando fundamentalmente a forma do nosso governo; por suspender os nossos corpos legislativos, declarando-se investido do poder de legislar para nós em todos e quaisquer casos.
Abdicou do governo aqui por declarar-nos fora de sua proteção e fazendo-nos guerra.
Saqueou os nossos mares, devastou as nossas costas, incendiou as nossas cidades e destruiu a vida do nosso povo.
Está, agora mesmo, a transportar grandes exércitos de mercenários estrangeiros para completar a obra de morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e perfídia raramente igualadas nas idades mais bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada.
Obrigou os nossos concidadãos aprisionados no mar alto a tomarem armas contra a própria pátria, para que se tornassem algozes dos amigos e irmãos ou para que caíssem em suas mãos.
Provocou insurreições internas entre nós e procurou trazer contra os habitantes das fronteiras os índios selvagens e impiedosos, cuja regra sabida de guerra é a destruição sem distinção de idade, sexo e condições.
Em cada fase dessas opressões solicitamos reparação nos termos mais humildes; responderam a nossas petições apenas com repetido agravo. Um príncipe cujo caráter se assinala deste modo por todos os atos capazes de definir um tirano não está em condições de governar um povo livre.
Tão-pouco deixamos de chamar a atenção de nossos irmãos britânicos. De tempos em tempos, os advertimos sobre as tentativas do Legislativo deles de estender sobre nós uma jurisdição insustentável. Lembramos-lhes das circunstâncias de nossa migração e estabelecimento aqui. Apelamos para a justiça natural e para a magnanimidade, e conjuramo-los, pelos laços de nosso parentesco comum, a repudiarem essas usurpações que interromperiam, inevitavelmente, nossas ligações e a nossa correspondência. Permaneceram também surdos à voz da justiça e da consanguinidade. Temos, portanto de aceitar a necessidade de denunciar nossa separação e considerá-los, como consideramos o restante dos homens, inimigos na guerra e amigos na paz.
Nós, por conseguinte, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso Geral, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela retidão das nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colônias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colônias unidas são e de direito têm de ser Estados livres e independentes; que estão desobrigados de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como Estados livres e independentes, têm inteiro poder para declarar a guerra, concluir a paz, contrair alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra. (John Hancock)

3 de maio de 2012

Discutindo a revolução francesa enquanto revolução social. Refletindo sobre a divisão de classes antes e após a revolução.



A Revolução Francesa teve o objetivo de derrubar com o Antigo Regime, assim como os privilégios da sociedade feudal, através de um levante das massas e da burguesia francesa por “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
A situação da França durante o governo de Luis XVI, não era muito satisfatória para a sociedade francesa, e principalmente os representantes do terceiro estado compostos pela burguesia e camponeses.
A sociedade francesa era dividida em hierarquias, ou estamentos que impediam a mobilidade social.  O Rei era o chefe absoluto do Estado, e como representantes do 1º e 2º estado estavam o clero e a nobreza, que juntos viviam sob um regime de privilégios sustentado pelo próprio absolutismo. Os camponeses e burgueses não possuíam participação política nem tão pouco direitos dentro da sociedade estamental francesa. A burguesia sofria com os impostos e a dificuldade de comércio. Os camponeses viviam como servos, muitos não tinham direito a propriedade, seguindo regras feudais de produção e pagamento de tributos para os nobres como retribuição da oportunidade de trabalhar em terras que não os pertencia.
Os reis da França não convocavam os Estados Gerais - organização integrada por representantes do clero, da nobreza e do povo; desde 1614. Centralizadores, convictos do absolutismo, a monarquia francesa desprezava qualquer instituição que lhes criasse obstáculos ao uso irrestrito do poder. Naquele início de 1789, no entanto, Luís XVI resolveu chamar aquela antiga assembléia, cuja origem vinha dos tempos medievais, na tentativa de resolver a grave crise financeira que se alastrava pela França, ameaçando-a com o caos.
Nos debates que convergiam para a formação de uma monarquia constitucional, os representantes do Terceiro Estado insistiam na abolição de antigos privilégios e na supressão da votação por estados. Desejavam que cada representante tivesse direito a um voto, o que daria vitória a maioria representada pelo Terceiro Estado. Os eleitos pelo clero e pela nobreza resistiram, insistindo em manter o antigo sistema no qual cada ordem tinha um só voto, o que permitia aos nobres e ao clero continuar controlando a votação.
No dia 17 de junho de 1789, o Terceiro Estado, já em fase de descontentamento e rebeldia, proclamou a Assembléia Nacional, um órgão supremo de representação do povo. Essa medida provocou a indignação de Luís XVI que havia convocado os Estados Gerais, porém para discutir a superação da crise econômica e não para garantir direitos como reivindicava a Assembléia.
No dia 14 de julho de 1789 a multidão, que estava submetida as fortes tensões dos últimos dias, resolveu atacar a Bastilha (uma fortaleza-prisão construída por Carlos V, entre 1369 e 1382, com oito torres, muralhas de 25 metros de altura cercadas por fossos). Ela era o símbolo do despotismo, pois era lá que os inimigos da monarquia eram encarcerados.
Nos últimos tempos ela estava desativada. Quando a assaltaram havia apenas sete presos em suas masmorras, nenhum deles fora detido por motivos políticos. A grande prisão do Estado terminou sendo invadida por uma multidão de populares, que num primeiro momento, dirigiram-se ao Arsenal dos Inválidos: o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal de munições. Ali, fizeram uso de três mil espingardas e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora, porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris. Estava decretado que o povo não se colocaria mais a serviço do absolutismo
Com o inicio da revolução e a fuga de Luis XVI, tornava-se necessário a criação de uma declaração de direitos. A declaração de direitos pôs um fim nos privilégios da nobreza, o fim do monopólio católico, assim como ficava ratificada a autonomia da burguesia.
Neste momento, três grupos sociais distinguiam-se por suas ideias políticas, apesar de forma comum desejar o fim da monarquia. Nasciam as classes sociais revolucionacionárias caracterizadas pelos: jacobinos - representantes da ala radical, composta pela média burguesia e sans cullotes, massa de camponeses exaltados, que lutavam pela democracia, república, igualdade de direitos, sufrágio universal e o fim da propriedade privada; os girondinos - representantes da alta burguesia, acreditavam na manutenção do regime monárquico através do parlamentarismo, o voto censitário e o liberalismo econômico; e o grupo da planície ou montanha classificado como um grupo de centro, pois sempre apoiava quem estava no poder.
Em setembro de 1791, foi promulgada a primeira Constituição da França que resumia as realizações da Revolução. Influenciada pelo exemplo dos Estados Unidos, a França implantou uma monarquia constitucional, onde o rei perdia os poderes absolutos. A carta estabelecia a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e concedia os direitos civis aos cidadãos.
A população foi dividida em cidadãos ativos e passivos. Somente os cidadãos ativos, que pagavam impostos e possuíam dinheiro ou propriedades, participavam da vida política. O voto era censitário. Os cidadãos passivos caracterizados pelas mulheres, trabalhadores, desempregados entre outros, não votavam e não podiam participar da vida política.
Apesar da constituição ter limitado os poderes do rei, este ainda tinha o direito de designar seus ministros. A constituição abolia o feudalismo, nacionalizava os bens eclesiásticos e reconhecia a igualdade civil e jurídica; procurando criar na França uma sociedade burguesa e capitalista, em substituição da antiga sociedade feudal e aristocrática.
No entanto, apesar das conquistas, a revolução estava apenas começando. Discutiremos as fases da revolução em um próximo artigo. Aguardem!

Obs: O documento histórico que ilustra a postagem apresenta a execução do rei Luis XVI, fato que trataremos no próximo artigo sobre Revolução Francesa.

HISTORY GAME 9º ANO 1º TRIMESTRE


1)Conceitue o período conhecido como imperialismo e neocolonialismo do século XIX.

2)Que tipo de política adotaram os países ocidentais para ocupar a África e a Ásia?

3)Qual é a relação do imperialismo com as alianças formadas entre as potencias no final do século XIX e inicio do século XX?

4)Que papel teve a 1ª Guerra Mundial no processo de industrialização no Brasil?

5)Que fatores contribuíram para transformar São Paulo no maior centro industrial do país?

6)Durante as três primeiras décadas da República Velha, a implantação das atividades industriais em diversas cidades brasileiras teve como resultado a formação de um contingente de trabalhadores urbanos de origem nacional e estrangeira. Em relação ao operariado brasileiro desse período, pergunta-se:
a) Como se caracterizavam as relações entre capital e trabalho e quais as principais reivindicações dos trabalhadores?
b) Quais as formas de organização e de luta dos trabalhadores urbanos?

7)"Entendi que não era lícito assistir indiferentemente a esta luta [política na Câmara Federal], cujos resultados poderiam acarretar a ruína da República.  Dirigi-me para este fim aos governadores dos Estados, onde reside iniludivelmente a força política deste regime. (...) Outros deram à minha política a denominação de Política dos Governadores. Teriam acertado se dissessem Política dos Estados." (Campos Sales: DA PROPAGANDA À REPÚBLICA)

A partir do texto acima, explique o fenômeno político denominado "Política dos Governadores" e relacione algumas de suas conseqüências para a República Velha.

8)"O bandido social é, em geral, membro de uma sociedade rural e, por razões várias, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado herói por sua gente, seja ele um justiceiro, um vingador, ou alguém que rouba dos ricos."(Carlos Alberto Dória, SAGA. A GRANDE HISTÓRIA DO BRASIL)
Utilizando a definição anterior, explique o movimento do cangaço brasileiro.

9)"Essa cova em que estás,com palmos medida,é a conta menor que tiraste em vida.
É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe deste latifúndio.
Não é cova grande, é cova medida, é a terra que querias ver dividida."(João Cabral de Mello Neto, MORTE E VIDA SEVERINA)

a) Qual o conflito social abordado neste poema?
b) Transcreva dois trechos do poema em que fica bem caracterizado esse conflito. Explique-os.

10)Em março de 1897, assim se pronunciou o jornal carioca O PAIZ  sobre o movimento de Canudos:
"O que de um golpe abalava o prestígio da autoridade constituída e abatia a representação do brio de nossa pátria no seu renome, na sua tradição e na sua força era o movimento armado que, à sombra do fanatismo religioso, marchava acelerado contra as próprias instituições (...). Não há quem a esta hora não compreenda que o monarquismo revolucionário quer destruir (...) a unidade do Brasil." (citado por Euclides da Cunha em OS SERTÕES)

a) Quais os temores existentes no Brasil com relação ao movimento de Canudos?
b) Que motivos levaram os sertanejos da Bahia a aderirem àquele movimento?

11)O governo Rodrigues Alves (1902-1906) foi responsável pelos processos de modernização e urbanização da Capital Federal - Rio de Janeiro. Coube ao prefeito Pereira Passos a urbanização da cidade e ao Dr. Oswaldo Cruz o saneamento, visando a combater principalmente a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.  Essa política de urbanização e saneamento público, apesar de necessária e modernizante, encontrou forte oposição junto à população pobre da cidade e à opinião pública porque:

a) mudava o perfil da cidade e acabava com os altos índices de mortalidade infantil entre a população pobre.
b) transformava o centro da cidade em área exclusivamente comercial e financeira e acabava com os infectos quiosques.
c) desabrigava milhares de famílias, em virtude da desapropriação de suas residências, e obrigava a vacinação anti-variólica.
d) provocava o surgimento de novos bairros que receberiam, desde o início, energia elétrica e saneamento básico.
e) implantava uma política habitacional e de saúde para as novas áreas de expansão urbana, em harmonia com o programa de ampliação dos transportes coletivos.

12)"Voto de cabresto", "curral eleitoral", "eleição a bico de pena", "juiz nosso", "delegado nosso", "capangas" e "apadrinhamento" são expressões que lembram em nosso país o:

a) liberalismo.
b) totalitarismo.
c) messianismo.
d) coronelismo.
e) comunismo.

13)"Num momento em que a Marinha se reforma e tenta assimilar as técnicas modernas, seu elemento humano e seu mecanismo disciplinar ainda são regulados por códigos dos séculos XVIII e XIX.  Os maus-tratos se somam à freqüência dos castigos corporais.  O trabalho é duro e excessivo." (Edgard Carone - "A República Velha")
O texto acima diz respeito:

a) à Revolta da Armada do Almirante Custódio de Melo, que derrubou Deodoro da Fonseca.
b) à expedição que se dirigia à Bahia para combater Canudos.
c) à modernização da Marinha pelo Almirante Cochrane e eliminação dos maus-tratos.
d) às reclamações trabalhistas e por melhores condições de trabalho dos oficiais da Marinha.
e) à rebelião dos marinheiros chamada "Revolta da Chibata", comandada pelo "Almirante Negro", João Cândido.

14)Os primeiros governos republicanos enfrentaram duras oposições e fortes resistências entre os monarquistas e entre os críticos do novo regime. Dentre as mais sérias revoltas ocorridas no governo de Floriano Peixoto, podemos assinalar:
a) a Revolta da Chibata e a Sabinada
b) a Revolução Federalista e a Revolta da Armada
c) a Revolta da Vacina e a Revolução Farroupilha
d) a Revolução de 30 e o levante de Canudos

15)No início da Primeira República (1889-1930), a oligarquia governante teve que enfrentar, no sertão baiano, um movimento social denominado:
a) Cabanagem.
b) Campanha Civilista.
c) Levante do Contestado.
d) Revolta de Canudos.
e) Revolução Farroupilha.

16)Resuma o movimento Tenentista e a Coluna Prestes.

17)Explique os fatores que conduziram a Revolução de 1930 no Brasil.