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16 de abril de 2013

O ILUMINISMO (XVIII)

 

O Iluminismo inaugura o período histórico conhecido como o “século das luzes”. Ocorrido no século XVIII, durante a Idade Moderna, o Iluminismo se caracterizou como um movimento filosófico e cientifico, responsável por definer as fronteiras entre fé e a razão. A ideia de luz pode ser interpetada a partir do Mito da Caverna descrito por Platão, onde o filósfo ao entrar no escuro da caverna enconta-se no mundo das sensações e emoções, e quando encontra a razão sai da caverna e encontra a luz. Esta parábola auxilia na ruptura entre ciencia e religião, e é por isso que kant descrevia o movimento iluminista como o alcanse da “maioridade do homem”, ou seja, o momento em que o homem poderia por si só obter os esclarecimentos e a compreenssão do mundo ao qual vivia sem a interferência da Igreja.
Os filósofos iluministas foram influenciados pelo racionalismo, pois os pensadores da época valorizavam a experimentação, observação e a investigação para produção do conhecimento. Baseado nas concepções de René Descartes, ou nas descobertas do físico Isaac Newton, os iluministas negavam que os fenômenos da natureza tivessem apenas explicações religiosas. Para eles, as forças da natureza eram regidas por leis físicas. Com a valorização da ciência como produção do conhecimento, os iluministas puderam refletir e contribuir para as mudanças das estruturas sociais e políticas da Idade Moderna, desencadeando as revoluções burguesas.
Por caracterizar-se também como um movimento preocupado refletir e criticar as práticas do Antigo Regime e suas principais linhas de ação como: o absolutismo e o mercantilismo, os iluministas preocuparam-se em pregar a liberdade econômica, a liberdade política e a igualdade jurídica. Seus ideais conquistaram principalmente a burguesia e influenciaram importantes acontecimentos como a independência dos Estados Unidos (1776), a Revolução Francesa (1789), no Brasil, a Inconfidência Mineira (1789), e na América Latina os movimentos de independência das colônias.
Alguns pensadores Iluministas marcantes foram: Voltaire que criticava a igreja, a intolerância religiosa e ausência de liberdade de expressão; Montesquieu que escreveu o “O Espírito das Leis”, defendeu a divisão dos poderes em executivo, legislativo e judiciário; Rousseau que escreveu a obra “O Contrato Social” onde defendeu a idéia de uma sociedade baseada na igualdade entre os indivíduos e no respeito ao que chamava de “vontade geral”; e Diderot e D’Alembert que foram os responsáveis pela criação da enciclopédia, uma obra na qual reuniram o conhecimento de todas as áreas do conhecimento.
Os iluministas condenavam o domínio do Estado na economia, pois acreditavam que o desenvolvimento econômico era fruto da liberdade econômica e a formação de um mercado livre. Para os iluministas a intervenção do Estado na economia limitava o desenvolvimento das atividades econômicas. Os primeiros economistas a adotarem essas idéias foram os fisiocratas, que significa: governo da natureza. Dentre os principais fisiocratas podemos destacar Quesnay e Gournay, autores do “laissez faire, laissez passer” - deixai fazer, deixai passar. Outro economista que foi fortemente influenciado pelas idéias do liberalismo econômico foi Adam Smith, que escreveu “A Riqueza das Nações”. Nessa obra Smith defende o trabalho como a base de toda a riqueza. O economista era defensor do trabalho livre e assalariado, e contrário ao protecionismo, ao sistema colonial, a escravidão e a excessiva intervenção do Estado na economia.
Com o crescimento das idéias liberais, muitos reis passaram a governar adotando os princípios iluministas. Contudo, em função do absolutismo, esses reis continuaram a ser centralizadores, e não abandonaram totalmente as práticas mercantilistas. O despotismo foi adotado nos países da Europa Oriental, Portugal e na Espanha. O déspota agia de forma ambígua, ora centralizava suas atitudes, ora agia de forma liberal. Em Portugal, por exemplo, o representante do despotismo foi o Marques de Pombal, um governador geral que atuou no Brasil efetuando diversas mudanças administrativas no Brasil para garantir o maior domínio do Estado na colônia, tais como a ruptura do ensino jesuíta e adoção das aulas régias. Mas essa é outra história.
  
VIDEOS SOBRE ILUMINISMO: TELE AULA DE HISTÓRIA. AULA 28.





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